Transtornos alimentares
- Daniele Freitas

- 28 de abr. de 2023
- 3 min de leitura
Os transtornos alimentares são transtornos que fazem com que a pessoa tenha comportamentos alimentares não saudáveis, prejudicando a saúde. Dentre eles podemos encontrar:
Anorexia nervosa;
Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo;
Transtorno de Compulsão Alimentar;
Bulimia Nervosa;
Pica;
Transtorno de Ruminação.
Segundo o e outros manuais, a anorexia nervosa é um transtorno alimentar É um transtorno alimentar caracterizado pela baixa ingestão calórica, peso significativamente baixo, medo excessivo de ganhar peso, imagem corporal distorcida e restrição da ingestão alimentar em relação às necessidades, levando a um comprometimento da saúde.
O Transtorno de Compulsão Alimentar é caracterizado por episódios recorrentes de consumo exagerado de alimentos, com a sensação de perda de controle. Esses episódios não são seguidos por comportamentos compensatórios inapropriados, como vômitos autoinduzidos.
Já a Bulimia Nervosa é caracterizada por episódios recorrentes de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios inapropriados, como purgação (vômito autoinduzido, abuso de laxantes ou diuréticos), jejum ou excesso de exercícios. Esses comportamentos são realizados para compensar e evitar ganho de peso.
Pica é um transtorno alimentar caracterizado pela ingestão persistente de materiais não nutritivos e não alimentares, que não são apropriados do ponto de vista desenvolvimental e cultural.
Já a ingestão restritiva/esquiva é um transtorno alimentar caracterizado pela restrição ou evitação de alimentos que resulta em deficiência nutricional significativa, dependência de suplementos nutricional e/ou interferência acentuada do funcionamento psicossocial.
Segundo o National Institute for Clinical Excellence (NICE) da Inglaterra e outras organizações, há uma base crescente de evidências para o tratamento de transtornos alimentares. No entanto, muitas vezes, em situações clínicas específicas, as recomendações devem ser baseadas na opinião de especialistas e na experiência, devido à ausência de dados de ensaios clínicos randomizados ou outros estudos de pesquisa sistemáticos.
Segundo o mesmo guia do NICE, estima-se que a ocorrência de transtornos alimentares varia de acordo com o método de amostragem e avaliação utilizados, contudo, o que se sabe atualmente é que transtornos alimentares afetam principalmente mulheres e meninas, e a relação de prevalência entre homens e mulheres varia de 1:6 a 1:10. A prevalência de anorexia nervosa e bulimia nervosa é semelhante entre mulheres hispânicas e nativas americanas e mulheres caucasianas nos Estados Unidos, mas menos comum entre mulheres afro-americanas e asiáticas. O transtorno alimentar é prevalente em muitos outros países, incluindo o Japão, onde a prevalência está aumentando entre mulheres expostas à cultura ocidental e à modernização. Não há como ignorar o fator cultural e exposição a normas e padrões de beleza na influência sobre esses transtornos, em especial Anorexia Nervosa e Bulimia.
Se você ou alguém que você conhece está enfrentando desafios relacionados à alimentação, é importante buscar ajuda profissional o mais cedo possível. Existem tratamentos que podem ajudar a encontrar a melhor abordagem para cada caso. Atualmente a Terapia Cognitivo-Comportamental tem se mostrado eficaz no tratamento de Compulsão Alimentar, por exemplo, pois ajuda as pessoas a identificarem e modificarem os pensamentos distorcidos em relação à comida, ao peso e à imagem corporal. Além disso, o Protocolo de Oxford, uma diretriz de tratamento para transtornos alimentares, é amplamente utilizado em todo o mundo para orientar o tratamento dessas doenças.
No entanto, o tratamento de transtornos alimentares requer abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas e psicólogos. O objetivo é ajudar as pessoas a estabelecer hábitos alimentares saudáveis, melhorar a relação com a comida e a imagem corporal, e lidar com questões emocionais subjacentes que podem estar contribuindo para o transtorno.
É importante destacar que transtornos alimentares não são uma escolha ou uma questão de força de vontade. Eles são doenças complexas que requerem cuidado e tratamento adequado. Se você ou alguém que você conhece estiver enfrentando um transtorno alimentar, é fundamental buscar ajuda profissional. Lembre-se de que o tratamento é possível e que a busca por ajuda é um passo importante para a melhoria da qualidade de vida.
Fontes: msdmanuals.com
APA. Practice Guideline for the Treatment of Patients With Eating Disorders, Third Edition
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